Já imaginou um sistema bancário aberto, que facilite o controle de dados e a migração para instituições financeiras que oferecem melhores condições a seus clientes? Essa é a proposta do Open Banking, conjunto de regras e tecnologias implementadas pelo Banco Central em 2021.
De acordo com um estudo da Serasa Experian divulgado em abril de 2022, a perspectiva é de que, em dez anos, o Open Banking possa injetar R$ 760 bilhões na concessão de crédito, sendo R$ 299,3 bilhões para pessoas jurídicas – como você, empreendedor ou lojista.
Neste artigo, tiramos todas as suas dúvidas sobre o open banking e mostramos como a novidade pode beneficiar as suas relações com fornecedores.
O que é Open Banking?
Open Banking, em tradução livre, pode ser entendido como “banco aberto”, ou “sistema bancário aberto”. A proposta é de que, por meio de um conjunto de tecnologias e regras, instituições financeiras e autorizadas possam compartilhar dados e serviços de maneira padronizada.
É importante destacar que, no caso de pessoas físicas ou jurídicas, cabe ao cliente decidir as circunstâncias em que as informações serão compartilhadas. Isso, desde que estas estejam dentro do escopo do Open Banking.
As informações compartilhadas com o consentimento do cliente são:
- CPF/CNPJ;
- Perfil de consumo.
- Endereço;
- Histórico de transações;
- Serviços financeiros utilizados;
O processo de implementação foi dividido em 4 etapas, que ocorreram gradativamente ao longo de 2021.
Etapa 1: Open Data padronizado das instituições financeiras
Nesta etapa, operacionalizada no início de 2021, as informações sobre canais de atendimento e produtos e serviços foram disponibilizadas, incluindo as taxas e tarifas de cada item ofertado.
Fase 2: Compartilhamento de dados do consumidor
Na fase 2 de implementação do Open Banking, você consumidor, passou a poder compartilhar seus dados (cadastros, transações em conta, informações sobre cartões e operações de crédito) com as instituições de sua preferência.
Tudo feito por meio de consentimento, revogável a qualquer momento.
Etapa 3: Ampliação do acesso a serviços financeiros
Nesta etapa, o Open Banking viabilizou o acesso a serviços financeiros, como pagamentos e encaminhamento de propostas de crédito, sem a necessidade de acessar os canais das instituições financeiras com as quais você já tem relacionamento.
Esta fase seguiu em andamento ao longo de 2022, com a proposta de integração de novos meios de pagamento B2B ou B2C ao sistema aberto, como o TED, boletos e pagamentos no débito em conta.
Fase 4: Ampliação de dados, produtos e serviços
A última fase de implementação do Open Banking, iniciada no fim de 2021 e continuada ao longo de 2022, proporcionou a inclusão de novos dados compartilháveis, além de novos produtos e serviços, tais como contratação de operações de câmbio, investimentos, seguros e previdência privada.
Antes de seguir em frente, dê o play no vídeo abaixo, do Banco Central, sobre a implantação do Open Banking no Brasil:
Como funciona o Open Banking?
Na prática, o Open Banking dissolve as barreiras entre as instituições financeiras, tornando mais fácil o compartilhamento de informações.
Com o consentimento e a solicitação dos clientes, bancos e outras instituições utilizam APIs (Application Programming Interfaces) para conectar softwares e facilitar o trânsito seguro dos dados.
Quer um exemplo prático do Open Banking em ação?
Imagine que você, lojista ou empreendedor, queira solicitar um empréstimo para aumentar seu capital de giro.
Em vez de se deslocar presencialmente até o seu banco para imprimir extratos e solicitar relatórios que comprovem seu potencial de pagamento, basta autorizar a troca de informações entre a instituição financeira em questão e seu futuro credor.
Operacionalmente, a autorização acontece em 3 fases:
- consentimento: ao autorizar a transação de dados, o cliente permite que estes sejam compartilhados por até 12 meses;
- autenticação: corresponde ao registro desta autorização pelas partes envolvidas na transação;
- confirmação: compartilhamento e uso dos dados, efetivamente, durante o período acordado.
Qual o objetivo da mudança?
O objetivo do Open Banking é criar concorrência no sistema financeiro, eliminando eventuais assimetrias (relacionadas à oferta de produtos, à cobrança de taxas e à falta de transparência com as informações dos clientes, que, até então, ficavam restritas às instituições com as quais ele se relacionava).
Além disso, a mudança na gestão de dados pelas instituições financeiras promove o empoderamento do consumidor e a democratização do acesso a diferentes produtos financeiros em instituições também diversas.
Na prática, o Open Banking permite que o cliente construa sua própria carteira de serviços, contratando-os em diferentes instituições, com condições que atendam às suas necessidades.
Vantagens e riscos do Open Banking
A seguir, você conhece as principais vantagens e pontos de atenção atrelados ao Open Banking.
Vantagens
- Possibilidade de escolher, entre diferentes instituições, aquela que ofereça as melhores condições atreladas ao produto desejado;
- Facilidade na transição do histórico de bom pagador entre instituições — o que simplifica a análise de risco de crédito;
- Estímulo à criação de produtos e serviços mais personalizados e atrativos por parte das instituições, tomando como base os dados de consumo, renda e transações financeiras;
Pontos de atenção
- De acordo com o Banco Central, a segurança de compartilhamento e a qualidade dos dados é de responsabilidade das instituições financeiras. Por isso, é preciso escolher com minúcia as instituições com as quais você compartilha seus dados;
- É preciso ter atenção às permissões concedidas, para garantir que a partilha de informações ocorra de acordo com a sua vontade;
- Com a abertura de ofertas, podem aparecer aplicativos falsos se passando pelas instituições e aplicando golpes em troca da concessão dos dados.
Como o open banking beneficia você, empreendedor ou lojista?
Até aqui, você viu como a mudança nas regras de compartilhamento de informações pelos bancos e instituições financeiras pode facilitar a vida de um cliente-pessoa-física. Mas e você, empreendedor ou lojista? O que tem a ganhar com o Open Banking?
É muito comum que os processos de análise de risco de crédito para pessoas jurídicas — sobretudo representantes de pequenas e médias empresas — sejam extensos e altamente exigentes. É preciso ter contas abertas há um determinado período, um volume considerável de movimentações, ter imóveis ou equipamentos para fornecer como garantias de pagamento, etc.
Com o Open Banking, a ideia é que a comprovação de credibilidade seja simplificada a partir do momento em que um empreendedor, como você, possa mostrar seu histórico de relacionamento com outras instituições financeiras. É como se análise deixasse de partir da “estaca zero” e considerasse toda a sua trajetória em seu negócio.
Além disso, a mudança também possibilita o compartilhamento de dados por instituições financeiras não-bancárias, como comparadores de serviços. Isso aumenta ainda mais o leque de possibilidades de pesquisas de ofertas atrativas, incluindo aquelas relacionadas à antecipação de recebíveis — uma das alternativas para conseguir crédito e aumentar seu poder de negociação com fornecedores.
Simplifique (ainda mais) sua antecipação de recebíveis
Ao longo deste artigo, você viu como o Open Banking pode revolucionar o sistema financeiro do Brasil. Afinal, suas mudanças que impactam tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas.
No último tópico, também pontuamos o impacto positivo do Open Banking em operações de concessões de crédito, como a antecipação de recebíveis.
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